Segurança alimentar depende de boas práticas agrícolas e manejo integrado de pragas
Especialistas defendem a ideia de que é necessário ampliar o uso de insumos biológicos na agricultura para contribuir com a sustentabilidade da atividade e segurança alimentar, bem como para enfrentar a crescente demanda dos mercados. De acordo com o argentino Atilio Castagnaro, do Instituto Tecnológico Agroindustrial do Noroeste (Itanoa), essa é uma tendência sem volta.
“Por 18 anos demos um passo da pesquisa para o desenvolvimento de bioprodutos, que servem para não usar ou diminuir a síntese de agroquímicos. Acreditamos que é possível gerar novos defensivos biodegradáveis, que são essenciais para o desenvolvimento sustentável, econômico, ambiental e social “, comenta.
Segundo o presidente da Câmara Argentina de Bioinsumos (CABIO), Roberto Rapela, em uma manifestação durante o Dia Nacional de Bioinsumos, que ocorreu em Tucumán, na Argentina, esse é o momento correto para os pesquisadores e a indústria aproveitarem para disseminar os produtos biológicos. “Estamos diante de um novo paradigma que queremos impor. Temos a oportunidade de impor esses produtos sustentáveis “, afirma.
O especialista em Saúde Agrícola do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e veterinário, Tomas Krotsch, destacou a prioridade da segurança alimentar. Ele acredita que ela “vai depender de boas práticas agrícolas e manejo integrado de pragas” e “tornar ferramentas complexas disponíveis com uma base científica que elogiam o trabalho. Este é um caminho de mão única”, salienta.
O evento contou com a presença de empreendedores, acadêmicos, pesquisadores e representantes de órgãos públicos que concordam com a importância de investir em uma agricultura sustentável.