Grupo de pesquisas em Grandes Culturas de Coxilha
Estima-se que são necessários aproximadamente 80 kg de N para produzir uma tonelada de grãos de soja, sendo inviável economicamente a sua aplicação de forma mineral (HUNGRIA, 2011). O processo de FBN, na cultura da soja é realizado principalmente pelas bactérias B. japonicum, B. elkanii e B. diazoefficiens (DELAMUTA et al., 2013). A interação planta-bactéria, neste caso, é chamada simbiose, resultante na infecção das raízes da soja e formação dos nódulos. Para que ocorra a simbiose, é necessária a inoculação de sementes ou até mesmo pulverização no sulco de semeadura com a bactéria, principalmente em áreas de primeiro cultivo, pois essas não são nativas em solos brasileiros. Áreas onde já receberam inoculantes possuem a população de até 106 rizóbios por grama de solo, sendo possível a formação de nódulos pela população presente. Porém, existe a necessidade de reinoculação anual, pois as bactérias advindas da inoculação são mais eficientes que as já presentes no solo, possibilitando o contato mais precoce entre bactérias e sementes, acelerando o processo de infecção e nodulação.
As bactérias do gênero Azospirillum são consideradas bactérias promotoras do crescimento de plantas (BPCP), além de fixar N, estas atuam principalmente na produção de fito-hormônios de crescimento, dentre eles auxinas, giberelinas e citocininas, que favorecem a emissão de raízes, melhorando a absorção de água e nutrientes pelas plantas. Em soja, muitos autores verificaram maiores valores médios para massa seca de parte aérea e comprimento de raiz.
A co-inoculação com bactérias do gênero Azospirillum também é uma das tecnologias que veio para se somar a já conhecida inoculação com o Bradyrhizobium. Essas são consideradas bactérias promotoras do crescimento de plantas, pois atuam na produção de fito-hormônios de crescimento, dentre eles auxinas, giberelinas e citocininas, que favorecem a emissão de raízes, melhorando a absorção de água e nutrientes pelas plantas, além disso são capazes de realizar fixação biológica de nitrogênio.
Dentre os principais trabalhos realizados pelo grupo de pesquisa em manejo de culturas de coxilha da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, destacam-se os principais resultados:
Em relação a temperatura Deak (2016) verificou que a co-inoculação promoveu um incremento no comprimento total de raiz (somatório do comprimento de todas as raízes de uma planta) de 33% em relação a testemunha não inoculada, e 25% a mais em relação a inoculação padrão, em medida realizada aos oito dias após a semeadura. A co-inoculação apresentou superioridade na faixa entre 20 e 30ºC, demonstrando que temperaturas elevadas são prejudiciais para a bactéria do gênero Azospirillum.
Página do Grupo de Pesquisa: www.facebook.com/coxilhaufsm/